A Ellus volta aos palcos do SPFW trazendo um discurso sustentável que poderia ser engajado, caso esse fosse o seu território de atuação de marca. Ao colocar protagonismo na sustentabilidade, a label criou questionamento sobre o quão comprometida está com a temática, já que o segmento de jeans é um dos mais poluentes quando se pensa na indústria têxtil.
O desfile foi finalizado com um manifesto no centro de São Paulo. (foto: Ellus/Divulgação)
Com este desfile, que teve o centro de São Paulo como cenário, torna-se evidente a tentativa da Ellus de se conectar com uma nova geração voltada para o digital e que é, ao mesmo tempo, preocupada com questões socioambientais.
A marca procura vestir um discurso de engajamento: tanto ao colocar a cantora Majur, trans, negra e baiana, para cantar, como ao levantar voz para falar sobre preservação natural. Os looks eram compostos por jaquetas corta-vento, calças cargo, jeans e muita logomania. A cartela foi, em sua maioria, sóbria (branco, preto e marrons).
A passarela na rua é uma tentativa de se distanciar de construções elitistas – estabelece o referencial de “ocupar a rua”, manifestar -. E é isso que a geração millennial deseja: não somente se vestir, mas consumir produtos que tenham ideais alinhados com os seus próprios.
Manifesto Ellus
A apresentação foi finalizada com os modelos segurando cartazes que anunciavam uma parceria entre Ellus e Route, projeto social de Simão Filippe que, desde 2011, tem como objetivo educar a população sobre a preservação de praias e áreas públicas.
Juntas, elas vão realizar ações de coleta em praias do Rio de Janeiro, Florianópolis e Fernando de Noronha, além de produzir uma coleção limitada.
E por fim, outra união também foi divulgada: a Ellus se uniu ao Guaraná Antarctica para um projeto em prol da Amazônia, que será revelado apenas em novembro.