Bochechas e pálpebras rosadas, lábios molhados pelo efeito gloss e a pele à mostra já entregavam o mood praiano de PatBO. Nesta temporada, a estilista mineira quis dar uma maior versatilidade para suas peças. Em tempos de crise e tardia sensibilidade ambiental, as roupas precisam ter uso prolongado e, acima de tudo, ser cabível para diversas ocasiões.
Patrícia tocou comedidamente o ponto da diversidade. Modelos negras estavam presentes (em minoria, ainda), mas corpos não magros faltaram à marca. Foto: RODRIGO MORAES/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Bonaldi, então, resolveu unir beachwear e festa com uma temática de latinidade focada para o olhar estrangeiro. Carmem Miranda para gringo ver.
Em ritmo de fim de ano, tecidos acetinados, mangas maxi bufantes e o combo tule+renda+floral, característico da label, são estratégicos para comemorações, indo desde um brunch à la Gossip Girl até o ano novo em Noronha.
O ecletismo ficou restrito aos maiôs: quando usados como body vão bem em um party time e se desdobram até o mar do sul europeu, onde a clientela da marca passa férias. Patrícia tocou comedidamente o ponto da diversidade. Modelos negras estavam presentes (em minoria, ainda), mas corpos não magros faltaram à marca.
Borrifada vintage
O toque vintage ficou por conta das toucas bordadas, características dos anos 1920, e das consagradas hotpants, dos anos 60. Para confrontar e balancear esta estética, fluidez e transparência apareceram tanto nas saias como em maiôs.
Máxi cabelo, acessórios de pérola, assimetria, strass, o top brilhoso sobre uma releitura moderna de camisa branca e a estampa que faz releitura dos azulejos portugueses também perfumam o veraneio (selecionado e pouco diverso) que PatBO borrifou na passarela do SPFW.