Quem não se pegou dia a dia, nos últimos meses, desejando doses de esperanças? Mesmo que ela não tivesse ali tão disponível. Mesmo que ela esteja sendo, constantemente, difícil até de se construir no nosso imaginário. Estamos vivendo em tempos que a única coisa que anda nos restando – nos nossos desejos mais profundos, é verdade- é ela, a famosa esperança. Um sentimento sútil, delicado, mas que tem um poder avassalador em nos fazer seguir em frente. Ou ao menos tentar seguir. É nela que nos escoramos. É nela que fazemos a possibilidade do amanhã.
A esperança anda sendo paradoxal. Ora, a temos como força motivadora. Ora, ela anda sendo um irrealidade. Confuso, eu sei. Mas quem não anda neste mixed feelings? Falar de esperança nunca foi tão difícil, mas, ao mesmo tempo, tão urgente.
Marni, fall 2020