Visão de futuro e essência revolucionária marcaram a coleção de alta-costura da Maison Margiela Artisanal, comandada por John Galliano. Desfilada no dia 22 de janeiro no bairro parisiense Le Marais, onde o estilista morou por quase vinte anos, a etiqueta deixou à tona reflexões – e propostas – sobre o desperdício na moda, com destaque para o upcycling.
Repensar o consumo e gerar diálogos. Este é o posicionamento de Galliano para a alta-costura da Margiela. Foto: hypebae
Com sensatez e flexibilidade, a Margiela levou uma espécie de protesto sustentável à passarela pink situada no Hotel Coulanges. Convidados sentavam em cadeiras escolares rosa, insinuando a necessidade de novos aprendizados – e principalmente hábitos -.
Nos looks, destaque para peças com dois lados (é possível ter um visual diferente apenas virando ao avesso) e para um tipo de recorte arredondado que tem o movimento e transparência do paetê, mas que é feito com o próprio tecido, sem necessidade de aplicar outro material.
Muso da marca
No casting, quem chamou atenção foi o modelo Leon Dame. Com andar dirigido por Galliano, ele ficou conhecido pelo zigue-zague e olhar penetrante na coleção de primavera ready-to-wear da marca, em outubro do ano passado.
Em entrevista ao podcast “The memory of…”, Galliano reflete sobre a coleção e o posicionamento do desfile, que trabalha com a ideia de uma “nova consciência burguesa fundada em princípios éticos de luxo”.
Repensar o consumo e gerar diálogos. Este é o posicionamento de Galliano para a alta-costura da Margiela.